Foto tirada na Queima do Alho do dia 20/08/11 na Festa do Peão de Barretos.
Foto tirada na Queima do Alho do dia 27/08/11 na Festa do Peão de Barretos
Num país onde a sociedade só agora começa a levar o livro um pouco mais a sério e onde os gestores culturais, em sua maioria, não passam de cabos eleitorais que alguns prefeitos aculturados despejam nas diretorias de cultura, cabe ao escritor independente enfrentar a difícil tarefa de ser vendedor de seus próprios livros, até porque, se não o fizermos ninguém os venderão por nós.
Neste contexto, lá estava eu, em Barretos, debaixo de um sol escaldante que parecia tirar sarro da rala folhagem de um dos angicos do Ponto de Pouso, local de realização da mais famosa Queima do Alho do Brasil, com meus livros, meu banner e, claro, meu prato muito bem preparado por uma das comitivas que disputavam o tão famoso Concurso.
Não vendi muito. Nem era minha expectativa. Conheço o país em que vivo e conheço o povo para o qual escrevo. Se os professores do Brasil não gostam de ler, o que esperar dos seus alunos que viram frequentadores de Festa de Peão? Mas nem tudo está perdido. Tive minhas boas surpresas debaixo daquele sol que deve ter me custado alguns neurônios cozidos. Escrevi meu livro: Queima do Alho para os peões de comitivas e deles não posso reclamar. Não só leram como entenderam meu livro, algo que alguns professores não conseguiriam.
Não estou reclamando. Nem tenho tempo para isso, afinal, na qualidade de leitor, tenho muitos livros para ler e na de escritor, outros tantos para escrever. Mas que eu poderia colaborar muito mais com meu país se não precisasse ficar de um canto para o outro com meus livros debaixo do braço, por certo que sim.
Os pseudos professores (e gestores culturais despejados nas diretorias de cultura) também, se fossem minimamente leitores de livros que nem precisariam ser os meus, mas que me alegraria muito caso fossem!
rsrsrsrs
Nenhum comentário:
Postar um comentário