Trecho do meu livro: "Embrulhos" a ser publicado assim que der...
Novamente ela caiu... Três vezes escorregara bem em sua frente, de forma tal a expor-lhe o máximo possível dos fundilhos. Tudo bem que a grama estava molhada e os demais brincantes também escorregavam e caíam, mas não na freqüência em que ela; parecia atirar-se ao chão. E repito: “sempre em sua frente e de forma a expor-lhe o máximo dos fundilhos generosos...”.
O pomposo presente dividiu seus olhos: um grudou-se no tecido que o embrulhava e o outro no texto em que tentava tecê-lo. Tanta outras vezes vira aqueles fundilhos na vida (na verdade bem mais que os fundilhos), mas nunca com olhares que, de tão impetuosos, pareciam querer arrancar-lhe os olhos das órbitas. Chegado às letras, buscava tecer no papel, linha a linha, a emoção instigada por cada fio daquele tecido íntimo, mas sua inabilidade literária contrastava com a habilidade das tecelãs da calcinha tão bem tecida, fazendo-o tecer textos ignorantes que nem de longe vislumbravam os mistérios que o embrulhinho escondia. Também Pudera! Como escrever sobre o que não conhecia: tecer sobre mistérios guardados por tecidos invioláveis? Nos tempos em que dividiam a mesma bacia-de-banho [na casa da mãe dela (que era sua madrinha)], havia bem menos volume entre aquelas pernas: também menos complexidade em sua vida. O que mais lhe chamava a atenção eram as diferenças das partes que ainda não lhes eram íntimas. Trocavam, curiosos, manuseios nas respectivas partes diferenciadas, mas por uma questão lúdico-anatômica, ela brincava mais com seu brinquedo do que ele com o dela...
4 comentários:
Aeee painho ... muito bem.... finalmente vai sair hein..... nooosssaa muito bacana, gostei mesmo, apesar que não da pra ter muita noção da história só com esse trechinho, tem é que ler o livro todo.... e com certeza eu quero ler e aliás o meu tem que ser autografado hein... porque depois que ficar famoso já viu né...aí vou ter que ir numa noite do autógrafos pra pegar um e é melhor já garantir o meu....hehe.
Parabéns painho.... vc é deslumbrante!!!!! Bjos.....
E aí meu caro Lumonê.
Vá em frente, sei que tu tens talento.
Precisamos de autores que fazem a crítica desse nosso cotidiano. Do trabalho, das relações interpessoais, da vida.
Ando meio ausente da usina, mas os amigos que fiz lá são sempre lembrados.
Sucesso, e quando estiver com a edição na rua, gostaria de adquirir um exemplar.
Abraços
Athos.
Nayara e Athos!
Agradeço pelos comentários animadores...
Será uma honra tê-los como leitores!
Abraços!
Vôo mais alto
Prezado Lumonê,
vejo q neste texto vc está deixando a coloquialidade e o humor q eram marcas dos textos q havia lido, para um estilo mais literário, q reflete sobre seu próprio fazer.
acho muito interessante e, como disse sua amiga Nayara, seria interessante ver como esta pequena parte se junta com o restante do livro.
boa sorte,
Penfield
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